sábado, 17 de maio de 2008

Para o amor não vivido



Leonardo Shibuya

Para o amor não vivido deixo as saudades dos beijos não dados, dos momentos não compartilhados e das brigas que não tivemos.

Do amor não vivido ficaram as marcas de amor não feito, dos olhares e apelidos não dados e das noites que viraram dia sem se ver. Fica a saudade do que não foi, e daquilo que não vai ser.

Do amor não vivido restaram as lembranças do sonho, do sorriso, da lágrima e do gozo, restou a utopia, restou o amor que ficou encostado no canto, porque houve medo. Porque o coração virou pedra, e não fui eu que o transformei.

Do amor não vivido, não viverei mais, do amor que se escolheu abandonar, deixo para a razão e que ela cuide dele se puder, ou esqueça-o, e que este não se torne pedra no meu coração. Que não seja hiato.

Ao amor não vivido desejo sorte, desejo paz e sobretudo amor. E que viva, que viva e que viva de novo e seja você flor de novo no coração de quem o merecer, que seja sorriso e que seja pleno. E que viva enfim o amor.



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