domingo, 28 de setembro de 2008

Pedaços de mim




(Ruth Maria Perrella)

Trago pedaços de estrelas
Salpicados em sorrisos
Da lua roubei o brilho
Do sol dourei a alma

Pedaços de chuva fria
Também fizeram tristeza
Pedaços de felicidade - êxtase -

Dos amores que tive
Dei e arranquei enormes pedaços...
- da tortura à ternura -
Vivi completa meu legado

Por viver levo cada pedaço
São eles únicamente meu EU
No eternizar da existência
- ao juntá-los -
Ser total e único no infinito...
Pleno!



PAIXÃO CIGANA




Arneyde Tessarolo Marcheschi

Pelo mundo afora viajo
Levando sonhos e fantasias
E numa dessas viagens
Te encontrei...
Meu querido e belo cigano!

Por seus negros olhos
Logo me enamorei,
Era tanto feitiço
Que me entreguei
Por esta paixão, então fiquei!
Neste mundo místico
Onde cores e aromas se fundem,
Onde dança e música se completam
Tenho certeza que serei feliz!

Encontrei o que buscava
Essa sedução e magia
Um cigano doce e quente
Era o que eu sonhava!


Um olhar

Um olhar se prende não pela visão que propicia,
mas principalmente pela pronfundidade do
que se quer dizer com ele.

(Eliana A. M. Santana)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Adoro - Poema






Adoro tudo isso e mais alguma coisa...uauuuuuu








Mulheres Possíveis



Texto na Revista do Jornal O Globo - Mulheres Possíveis
Martha Medeiros - Jornalista e escritora

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.



terça-feira, 23 de setembro de 2008

CHAMA DE UMA SAUDADE




De vez em quando eu penso em ti
Então minha voz se cala
Meu corpo estremece
e meu coração bate desesperadamente...
Uma lágrima se atira a esmo no espaço
E meus olhos se perdem no infinito.
De vez em quando eu te sinto acariciando o meu rosto
Balançando a cabeça,
Teus cabelos roçando o vento
Tua voz acariciando meu ser.
De vez em quando
eu te encontro perdido em meus passos
Indomável diante dos meus braços
distante do meu sentimento.
De vez em quando eu penso em ti
como uma andorinha que se foi
Como um raio que se apagou
ou uma luz que se perdeu no mar.
De vez em quando eu te pressinto
tão perto e tão longe
Tão perto que nem posso te alcançar,
Tão longe que não consigo te esquecer.
De vez em quando eu choro
e não consigo conter minha dor
Por não poder te ter,
por não poder te amar,
Por não suportar a força que tem
o rastro de uma felicidade.
De vez em quando eu te tenho junto a mim,
Pois és no meu amargor
A Chama de uma Saudade.

Fernando Barbosa Filho



Gal Costa - Wave







GAl Costa e Elis REgina - Estrada do Sol





Gal Costa - Baby






A mulher fingida



Paulo Sant'ana

O cronista argumenta por que a mais autêntica e atraente manifestação feminina é o fingimento.

Do ponto de vista do homem, a grande mulher é a fingida. A mulher fingida tem sentimentos muito mais intensos e transbordantes que amulher sincera.
A mulher sincera é sempre a mesma: ela é o que é. Já a mulher fingida é sempre o que o homem quer que ela seja.
Supondo-se que a mulher, assim afirmam os sexólogos, como goleiro no futebol,só atinge o primeiro orgasmo aos 29 anos, a mulher sincera relata, até essa libertação, seu calvário, enquanto a fingida se compora como se, desde as primícias da relação sexual, conseguisse êxtases retumbantes.
A mulher sincera é a que acorda o homem para a dura realidade. A mulher fingida é a que desperta o homem para o reino da fantasia.
A mulher sincera, encarrega-se sempre do pesadelo, a fingida catapulta o homem para o sonho.
A mulher sincera é aquela que se designa para o relatório diário dos tormentos domésticos e a exposição dos problemas tão pronto o homem põe os pés na lar.
A mulher fingida é aquela que, quando o homem chega em casa e pergunta se está tudo bem, responde, ajeitando a camisola: " Agora vai ficar ainda melhor"
A mulher sincera cobra, a mulher fingida promete.
Da mulher sincera o homem só obtém muxoxos rançosos. Nos lábios da mulher fingida sibilam murmúrios de lascívia.
A mulher sincera faz sexo. A mulher fingida realiza uma apresentação.
A mulher fingida tem orgasmo múltiplo. A mulher sincera, cosquinhas.
A mulher sincera dá só vazão a queixa, à recrimação e à condenação. A mulher fingida passa sempre despercebido o deslize do homem.
Para a mulher sincera, o homem, por mais que se esmere em provê-la, é um doador de esmolas. A fingida, por mais avarento que o homem lhe seja, considera-o um exemplo de prodigalidade.
A mais autêntica e atraente manifestação feminina é o fingimento.
A mulher finge que é alta no salto do sapato e que seu rosto é sempre belo pela maquiagem. E seu corpo aromático pelo perfume e bem torneado pelas calças justas. E finge seios opulentos com o silicone.
A mulher sincera vive no médico e no dentista.
A mulher fingida mora na sauna e no salão de beleza.
A mulher sincera é lamurienta e pessimista. A fingisa é afetada, coquete e otimista, profissional do sorriso e das carícias.
A mulher sincera é um personagem, a fingida uma atriz.
Se está tudo bem na relação conjugal, tanto a mulher sincera quanto a mulher fingida se mostram realizadas. Mas a mulher fingida leva a vantagem de também se sentir realizada quando tudo se depara adverso ao casal.
A mulher fingida aprimora a técnica de só se mostrar aborrecida quando está longe do seu homem.
A sincera deixa para revelar o auge da melancolia e da irritação quando seu homem está presente.
De tanta admiração que ela tem pelo homem, as amigas da mulher fingida, sentem-se invejosas dela.
Para as amigas da mulher sincera chega a ser surpreendente que não se separe do marido, tantas são as críticas que ela lhe destina.
Eu amo a sinceridade da mulher fingida.
E acho que é tão chata e exagerada a sinceridade da mulher sincera que ela só pode estar fingindo.




domingo, 21 de setembro de 2008

THE FEVERS DVD





CANÇÃO DA MULHER


Lya luft

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco — em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.

Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”

Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”

Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”

Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro — filho, amigo, amante, marido — não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa — uma mulher.

sábado, 20 de setembro de 2008

Às Vezes...



Autor Otto Bräutigam

Às vezes é assim mesmo...
Um dia sem sol
Uma hora sem minutos
Um momento vazio
Um inverno no coração
Um aperto no peito
Uma angústia...
Uma nostalgia
Uma solidão...
Uma vida sem razão,
Ou emoção...
Tudo fica sem graça!
Mas num instante,
Tudo passa...
O sol desponta
O céu fica azul
O mar se acalma
O inverno se despede
E a primavera renasce,
As flores se abrem...
O coração é só alegria...
A alma fica leve
Os amigos aparecem...
O sorriso marca nosso rosto
Os olhos brilham!
Os dias ficam lindos
Dá uma vontade de dançar...
Uma vontade de abraçar...
Uma vontade de beijar...
Um desejo enorme de amar!



O prá sempre e o nunca






Cristian Ribas

Já mostrei minhas cartas.
Foi preciso.
Perdi o jogo,
pra recuperar minha alma.
Dei o que tinha,
pra ficar com o necessário.
Ao levantar as pedras do que sobrou,
surgiu a força.
Ao enfrentar teus olhos,
surgiu a coragem.
E sobrevivi,
com meu sorriso de menino perdido,
com minha alma de guerreiro imortal.
Não desejo teus restos.
Tenho o caminho infinito.
Sou pra sempre e o nunca,
nas curvas que o horizonte esconde,
que a chuva lava
e o sol aquece.
Fui forjado nas sombras,
pra brilhar intensamente.
Incessantemente.
Eternamente.
Em seu coração.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O amor diz à paixão


(sem menção do autor)

" O amor diz à paixão:
Sou vento
Você, tempestade
Sou riso
Você, gargalhadas

Sou fascínio
Você carícia
Sou inocência
Você malícia

Sou perfume
Você é sabor
Sou confiança
Você é ciúme

Sou mar
Você as ondas
Sou puro olhar
Você apenas sonda

Sou alma
Você é corpo
Sou luz
Você é reflexo

Sou beijo
Você, desejo
Sou emoção
Você é razão

Sou coração
Você, sensação
Sou amor
Você é a Paixão.

Sou brandura
Você, calor
Sem você,
Eu não seria o AMOR. "

Amor a Distância





Cris Maia

Quantas vezes eu já não toquei o vazio,
na esperança de te sentir.
Quantas vezes eu já não ergui minha mão,
com vontade de acariciar teu rosto ...
ou secar uma lágrima.
Quantas vezes eu não fechei os meus olhos,
para poder visualizar tua boca sorrindo...
enquanto eu sentia que tu
sorria... do outro lado.

Sinto tanto a tua falta...
Falta do teu calor...
Falta dos teus beijos...
Falta do teu olhar...

Mas a tua voz me aquece , me acaricia ,
me embala nas minhas noites vazias...
E a esperança preenche meus sonhos.
A esperança de que não tarde o próximo
dia em que vamos nos encontrar.
E de que não tarde,
o dia em que não vamos mais nos separar...

Poema Triste




Autor: Mário Quintana

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

DEIXA...



Arneyde T. Marcheschi


Deixa eu te amar,
deixa eu te conhecer,
deixa eu te dar o que há
de melhor em meu coração.
Deixa que eu te esquente
nas noites frias, chuvosas...
Deixa eu ser tua luz,
quando as trevas dominarem as tuas noites,
deixa eu te ajudar a esquecer
todas as amarguras....
as dores as saudades...
deixa eu ficar pertinho de ti
e encostar minha cabeça no teu ombro...
sentir o calor do teu corpo...
tua respiração quente no meu rosto.
Deixa eu enxugar essas lágrimas
que teimam em cair...
e tu teimas em esconder!
Deixa eu te ensinar a ver as
belezas naturais da vida
que tu te recusas a ver.
Deixa eu ao menos te ensinar a rezar...
a ter fé... a acreditar...
que tudo épossível quando estamos
unidos por um só desejo...
por um só coração...
Amor... se não me queres ouvir...
deixa apenas
eu te amar, te querer, te desejar!

AMOR VIRTUAL


Navego eu... sem mar
Na razão de querer te encontrar
Abro minha tela para te amar
Em algum outro lugar
Onde você me espera

Na nossa era
Faço dessa máxima
O nosso espaço
Navego contigo
Em tantos sentidos

Poetizo quimeras e te beijo
Um beijo virtual
Cheio de desejos
No nosso melhor estilo
Do nosso melhor jeito

Vamos além da nossa razão
Nessa virtualidade
Cheia de expressão
Somos sentimentos
E uma infinidade de emoção

E quando as teclas se consomem
Palavras se escrevem
De braços bem dados
Ao pé dos ouvidos
Ouvimos gemidos

É o nosso amor virtual
Cheio de sentimentalidades
Feito uma grande novela
Amor que se acaba sempre
Quando desligamos a tela




Me chama



(Cida Luz)

Cala tua incerteza e me chama...
Desnuda teu sentimento ante
Meu coração que bate no
Descompasso da saudade...

Existe um amor que já se faz
Imenso na ternura que quero
Deixar acontecer no teu
Olhar... No teu sorriso...

Entrega tua paixão no desejo
Dos meus beijos...
Na suavidade das carícias
De minhas mãos em tua face
Em teu corpo...

Permita que o encontro marcado
Pelo destino, abarque nossas
Emoções...
Permita-me ser toda na tua vida e...
Me chama!



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Relacionamentos



Arnaldo Jabor

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.

E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?

E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.

Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.

Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.

Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.

Tudo nós não temos.

Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro.

Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Se não bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.

O outro tem o direito de não te querer.

Não lute, não ligue, não dê pití.

Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama.

Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?

O legal é alguém que está com você por você.

E vice versa.

Não fique com alguém por dó também.

Ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.

E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro.

Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói.

Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.

Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.

E nem sempre as coisas saem como você quer...

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.

Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.

E nem todo sexo bom é para namorar.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.

Nem todo beijo é para romancear.

Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.

Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?
(ou não né)



LS JACK - UMA CARTA


Essa postagem vai para alguém especial, meu amigo Beija-flor.
Prá você Thiago, com carinho.
Beijos do meu para o seu coração




domingo, 14 de setembro de 2008

Essa Cigana...



Ah!... Essa cigana festeira e alegre
Que caminha pelas ruas buscando
Em cada rosto um irmão, um amigo...
Mora comigo,
Faz do meu pranto comédia
E sorri da minha dor
Dança, canta, esquecida do amanhã,
Porque sabe que o hoje é vida,
E todas as misérias da
vida, precisam ser esquecidas...
Irreverente e dócil...
Ama e se entrega enfurecida ao amor!
Um que de místico mora em seus olhos,
Um que de sombrio acompanha seus passos...
Tantas vezes morreu e tantas voltou...
Insiste em ser feliz, viver!
Traz um cigano sonhado no peito
Louco... fanático de amor...
A noite percorre todos os recantos dos sonhos,
Traz uma fogueira acesa, enormes labaredas
De fogo em todo seu ser...
Quem entende essa mulher, que vive
Lembrando sua infância, sendo na alma
Uma criança?...
Trazendo na retina uma
Lágrima brilhante de quem vai chorar ...
E de um salto se põe a dançar
Feliz como uma mariposa
Na luz da fogueira...rosto
Encandecente, apaixonado,
Louca de amor por tudo que a cerca,
Triste e alegre, mistura tudo velozmente!
Quero entendê-la, não encontro respostas...
Acho que nunca alguém a entendeu...
Ela mora em minha alma...
Essa cigana sou eu!


EARL GRANT - 1959 AT THE END





sábado, 6 de setembro de 2008

MEU ROSTO



Meu rosto
já não o vejo em mim
Perdi-o em alguma rua
por onde espalhei
minha alma cismada
ou no fundo
do teu olhar distante
E ele trazia
meu olhos atentos
que costumavam
alcanar as estrelas
e minha boca alegre
que cantava
canções de ternura
Meu rosto
já não o vejo em mim
Crispado de ver
fantasmas
perdeu-se
nas paisagens ressentidas
ou já não o
reconheço mais

(Linney Jeanne Palma)

Às vezes não sei quem sou...


{sem menção do autor)

Às vezes não sei quem sou...
Ando perdida nestas encruzilhadas
que a vida me propõe...
Por vezes sigo mesmo o caminho errado,
somente para me aperceber de que
já não me é dada a oportunidade
de trilhar o certo...
Aprendi que há coisas que simplesmente
não estão destinadas a acontecer,
enquanto outras são simplesmente inevitáveis,
independentemente da minha vontade
de querer ou não contrariá-las.
Quando a vida me magoa
deixo que a chuva se misture às minhas lágrimas
e sigo em frente...
Sempre em frente...
Uma folha jogada no vento...
À mercê das suas correntes...
Com nada mais que uma tênue esperança
de chegar a bom porto...
Esta sou eu...
E estas as minhas palavras...
Parte daquilo que fui,
parte daquilo que sou...
Necessariamente parte do que serei...

Entre duas


Entre duas notas de música
existe uma nota,
entre dois fatos
existe um fato,
entre dois grãos de areia
por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é
entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

QUERO UM AMOR ASSIM.....






Quero um amor, de qualquer jeito, de qualquer cor.
Esse amor pode ser alto, pode ser baixo, loiro ou  moreno, de nariz grande ou pequeno.

Quero um amor encantado, sorridente e assanhado.
Ele pode ter cabelo longo, pode ser até curtinho,  pode ter olhos grandes ou pequenininhos.

Quero um amor de voz rouca, de olhar sensual e infernal.
Tem que ser um amor cheio de personalidade cheio de encanto e vivacidade.

Procuro um amor descontraído, louco e atrevido.

Quero um amor infantil, que brinque comigo, me leve ao delírio e me deixe em perigo.

Quero um amor louco, alucinado que  não se prenda ao passado.
Preciso de um amor fantasiado de palhaço, pulando carnaval, e gritando o seu amor.
Preciso de qualquer jeito, com a máxima urgência acabar com essa minha carência.
Por isso eu quero um amor que me encha  e ciúmes e depois me cubra de perfumes,  os aromas mais intensos, de Boucheron a Tentation.

Eu quero, eu preciso de um amor daqueles  de cinema, de novela, seriado, cheio de  mistérios e casos engraçados

Quero um amor, simples ou importante,  um amor pra fazer comigo bolinhas de sabão,  pegar na minha mão, sorrir do meu sorriso  e acreditar no que eu digo.

Quero um amor pra andar de gangorra, correr  na chuva, pisar em poça, comer brigadeiro, 
sujar o dedo e depois lamber bem  devagarinho fazendo charminho.

Quero um amor intempestivo, que fuja comigo, que me lace nos seus braços com seus abraços.

Preciso de um amor estonteante, daqueles  arrepiantes, um amor que saiba chorar, 
dançar e cantar.

Eu quero um amor que tenha um beijo coberto  de desejo, que quando me tocar o meu corpo 
não queira mais acordar.