domingo, 7 de junho de 2015

Separe a fantasia da realidade


        Ana, desconfiada de que seu marido, Arthur, tinha outra mulher, deu asas à imaginação.  Olhava para ele e já se sentia traída. Cada vez que Arthur chegava atrasado do trabalho por causa do trânsito complicado, Ana já fantasiava: "Demorou por causa da outra. Devem ter se encontrado hoje e por isso se atrasou". Quando seu marido chegava em casa cansado,  ela já agia como se tudo o que tivesse pensado fosse verdade.  Então não servia o jantar, ficava mal-humorada, procurava motivos para reclamar.  Ás vezes seu marido ficava dispersivo, com o pensamento longe, e Ana já pensava consigo mesma: "Olhe só como está pensativo! Aposto que está pensando nela...".

         A imaginação de Ana foi voando alto, até que um dia resolveu seguir o marido e pensou: "Vou acabar com o namoro deles de uma vez por todas".
         Esperou-os na saída do trabalho para pegá-los em flagrante. Arthur saiu, pegou o carro, e Ana o seguiu. Viu quando ele parou na floricultura e comprou flores. Ana quase teve um ataque! Pensava: "Que mau-caráter! Gastando com outra!". E ficou tão nervosa que foi para a casa aos prantos.

         Chegando em casa, jogou-se na cama e chorava compulsivamente. Quando seu marido chegou e foi até o quarto, Ana, sem nem mesmo olhar para ele, desabafou:

         - Eu vi tudo, você comprando flores para ela! Você me traiu, não tem vergonha...

         E levantou-se da cama a fim de encará-lo. Para surpresa sua, ele trazia um buquê de flores nas mãos e, muito chateado, disse:

         Ana, hoje é dia do nosso aniversário de casamento, você nem se lembrou?

         Muitas vezes nos fixamos tanto em um pensamento que acabamos fazendo dele uma realidade para nós e agindo como se o fato fosse real. E sofremos, desesperamo-nos por algo que nem corresponde à realidade.  Às vezes até perdemos momentos bons da nossa vida por criar situações imaginárias e vivê-las como se fossem reais.


         Cuidado! Assim como Ana você pode estar confundindo a realidade com sua imaginação, o que pode trazer para sua vida e para a do outro um sofrimento desnecessário

Deixe sua vaquinha ir para o Brejo


         Um sábio passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou um sítio de aparência pobre. Resolveu fazer ali uma breve visita... Aproximando-se constatou a pobreza do lugar: nenhum calçamento, casa de madeira. Os moradores eram um casal e três filhos, todos usando roupas rasgadas e pés no chão. Dirigiu-se então ao pai daquela família e perguntou:

       - Neste lugar não há nem sinal de ponto de comércio e de trabalho...Como é que  o senhor e  sua família sobrevivem aqui ?

         - Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros alimentícios. Também produzimos queijo, coalhadas... e assim, vamos sobrevivendo – respondeu.

         O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, voltou –se para o seu discípulo e ordenou:

         - Pegue a vaquinha e Jogue-a no precipício.

         O jovem arregalou os olhos espantando e disse:

         - Mas, mestre, é o único meio de subsistência da família.

         Como percebeu o silêncio do seu mestre, foi e cumpriu a ordem:  empurrou a vaquinha morro abaixo e ela morreu.

         Aquela cena ficou marcada na memória do jovem durante alguns anos. Até que um belo dia ele voltou ao lugar com a intenção de contar tudo àquela família, pedir perdão e oferecer-lhe ajuda. Quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou angustiado, pensando que aquela família tivera que vender o sítio para sobreviver.

         Apressando o passo, foi logo recebido por um caseiro. Tendo-lhe perguntado sobre a família que ali havia morado alguns anos atrás, soube que ainda era a mesma e continuava ali. Espantado, entrou ansioso na casa e constatou que realmente era  a mesma fam´lia que visitara anteriormente. Elogiou o local e perguntou ao senhor , dono da vaquinha, o que havia acontecido, como ele havia melhorado o sítio e prosperado tanto.  E o senhor respondeu:
         - Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que arrumar outros meios de sobrevivência. Fo quando descobrimos habilidades e talentos que nem sabíamos que tínhamos.... Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos testemunham agora.

         Muitas vezes, apegamo-nos a alguma situação para servir de álibi e desculpa para não assumirmos a direção de nossa vida, a responsabilidade de nossa felicidade. Conservamos aquilo como  um bichinho de estimação e, sem percebermos, limitamos a nossa vida.

         E você...já descobriu qual é o bichinho de estimação que está impedindo seu crescimento?


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Seja surdo aos apelos negativos


            Era um tempo em que os bichos falavam, tempo em que  havia alegria, diversão e competição. Em certa ocasião, decidiram realizar uma corrida de sapinhos: eles tinham que subir numa grande torre. Começou a competição a torcida, formada por animais de várias espécies, era grande. Boa parte dela gritava: Não vão conseguir. Não vão conseguir.

           Os sapinhos iam desistindo, induzidos por aquilo que estavam ouvindo, com exceção de um... esse continuava subindo. No ar o eco se espalhava: Vocês não vão conseguir...

         Ao final  da competição, só restava um. Todos queriam saber o que havia acontecido. E foi quando perguntaram ao sapinho como ele tinha conseguindo chegar até o fim é que descobriram que ele era surdo


           Quando queremos fazer alguma coisa para a qual precisemos de coragem, não devemos dar ouvidos às pessoas cheias de negatividade, que querem nos induzir a pensar como elas e a fazer-nos, assim, desistir dos nossos propósitos ou ideais. Fiquem surdos a tais pessoas.

Aprecie o lado positivo das pessoas



           Contam que uma vez, numa carpintaria realizou-se houve uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas, para acertar suas diferenças
.
         O martelo assumiu a presidência, mas os participantes não permitiram, dizendo que ele teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, alegando que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

         Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Reclamava que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.

         A lixa acatou a decisão, mas sugeriu que teriam que expulsar   o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito.

         Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

         Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não vamos nos fixar em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.”

         Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes que ela possui, florescem as melhores conquistas humanas.

         É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades.... isso é para os sábios.

         Seja um deles.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Nossa natureza é o bem



         Um monge e os seus discípulos seguiam por uma estrada. Ao passarem por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou, e devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Mesmo assim, tomou  um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e salvou-o.

         Quando o monge se juntou aos seus discípulos na estrada foi por eles  recebido com perplexidade e pena.

         - Mestre,  deve estar a doer muito! Porque foi salvar aquele bicho ruim e venenoso? Ele que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o havia salvo! Não mereceu a sua compaixão!
         O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu.


         Faça sempre o bem sem olhar a quem

ExercIte a Paciência



            Esta é a história de um menino que tinha um gênio muito difícil. Seu pai lhe deu um saco de pregos dizendo-lhe que, cada vez que ele perdesse a paciência, ele deveria pregar um prego na madeira pendurada atrás da porta.

            No primeiro dia, o menino pregou 37 pregos. Nas semanas que se seguiram, à medida que ele aprendia a se controlar, pregava cada vez menos pregos atrás da porta. Com o tempo descobriu que era mais fácil controlar seu gênio  que pregar pregos. Chegou o dia em que conseguiu controlar-se durante todo o dia.

            Depois de informar seu pai sobre a sua vitória, ele lhe sugeriu que retirasse um prego a cada dia que conseguisse controlar seu temperamento.Os dias se passaram e o jovem pôde finalmente anunciar ao pai que não havia mais  pregos atrás da porta. Seu pai, segurando-lhe a mão, levou-o até a porta  disse- lhe: " Meu filho, vejo que você tem trabalhado duro,  mas... veja todos esses buracos na porta: ! ela nunca mais será a mesma. Cada vez que você perde a paciência, deixa cicatrizes exatamente como as que você vê aqui. Você pode insultar alguém e retirar o insulto, mas, dependendo da maneira como fala, poderá ser devastador, e a cicatriz ficará para sempre


            Uma ofensa verbal pode ser tão daninha como uma ofensa física

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Grave Na Sua Memória Coisas Boas



              Dois amigos, Cléber e Rafael, viajavam pelas longas estradas que recortam as montanhas da Pérsia. Eram nobres e ricos faziam-se acompanhar por servos e ajudantes.

            Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio. Era preciso atravessá-Io, porém havia forte correnteza. Ao saltar de uma pedra, Cléber foi infeliz e caiu na correnteza. Já estava sendo arrastado por ela, quando Rafael pulou nas águas e, arriscando a própria vida, salvou-o. Cléber então pediu a um de seus empregados que escrevesse na pedra a seguinte legenda: "Neste lugar, com risco da própria vida, Rafael salvou heroicamente seu amigo Cléber." Feito isso, prosseguiram com suas caravanas.

            Cinco meses depois, em viagem de regresso, encontraram-se os dois amigos naquele mesmo local. Como estavam cansados, resolveram repousar à sombra da pedra onde se encontrava a legenda recordando o ato heróico de Rafael. Sentados na areia, puseram-se a conversar. Eis que, por motivo banal, surgiu um desentendimento entre os dois amigos, que acabaram discutindo. Exaltado, Rafael esbofeteou brutalmente o amigo. Cléber não revidou a ofensa. Levantou-se e escreveu na areia a seguinte legenda: "Neste lugar, por motivo fútil, Rafael ofendeu gravemente seu amigo

            Cléber não revidou a ofensa. Levantou-se e escreveu na areia a seguinte legenda: "Neste lugar,  por motivo fútil, Rafael ofendeu gravemente seu amigo Cleber ."

            Surpreendido com o estranho procedimento, um dos ajudantes de Cléber observou:

            - Senhor, da primeira vez, quando Rafael o salvou, o senhor mandou gravar na pedra a sua atitude, ficando ali registrada para sempre. Agora, quando ele acaba de ofendê-lo tão gravemente, escreve na areia! Antes do cair da tarde, as ondas das águas já terão apagado a ofensa que seu amigo lhe fez! Por que isso, senhor?

            - A razão é simples - respondeu Cléber. - O benefício que recebi de Rafael, permanecerá para sempre em meu coração. Mas a ofensa ... essa eu quero que desapareça, que se apague o mais depressa possível da minha memória...

            No seu relacionamento com as pessoas, o que você considera mais: os benefícios ou as decepções que elas lhe causam? 

            Lembre-se: procure gravar em, seu coração todo beneficio que receber e apagar o quanto antes de sua memória as injustiças e as ofensas.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Não tire conclusões precipitadas



            
         Um jovem estava para se formar. Havia muitos anos que ele admirava  um carro esporte. Sabendo que seu pai podia  arcar com aquela despesa,  disse-lhe   do seu grande desejo. Na manhã da formatura pai, chamando-o no escritório, disse-lhe que estava orgulhoso  de sua conquista e queria dar-lhe um presente. O jovem, ansioso, esperava ganhar a chave do carro tão desejado. Porém, qual não foi  sua decepção  quando pai lhe deu uma Bíblia  com seu nome gravado em ouro, recomendando-lhe

         - Abra este livro e você terá tudo que deseja.

         O  jovem ficou furioso e disse ao pai:

         - Com todo o dinheiro que tem, você me dá uma Bíblia de presente? - E, jogando-a num canto, saiu de casa e não mais retornou.

         Passaram-se os anos. O jovem casou-se e teve filhos. Um dia recebeu um telegrama comunicando que o pai, cuja saúde inspirava cuidados, queria vê-lo. Foi então visitá-lo, mas, quando chegou, o pai havia morrido. O jovem, entristecido e aborrecido, percorreu com o olhar as coisas de seu pai no escritório, deparando-se subitamente  com a Bíblia – a as Bíblia, presente de formatura que recebera de seu pai. Pela primeira vez começou a folheá-la...De repente, do meio de suas folhas caiu um cheque, exatamente do valor do carro que ele tanto havia desejado. A data do cheque era a do da da formatura....Mas já era tarde demais. A sua precipitação levara-o a um julgamento errado.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Observe se você não está comendo o biscoito do outro



              Certo dia uma jovem estava na sala de embarque no aeroporto,á espera de seu vôo. Enquanto esperava, comprou um livro e um pacote de biscoito. Sentou-se numa poltrona para descansar e ler em paz. Ao lado dela sentou-se um homem.

            Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela ficou indignada, mas não disse nada. Pensou consigo mesma: ''Mas que ''cara de pau''! Se eu estivesse mais disposta,seria capaz até de lhe dar uma bela lição para que ele nunca mais esquecesse...

            A cada biscoito que ela pegava,  o homem também pegava um. Ela ficou muito enfurecida, a tal ponto que não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou: ''O que será que esse abusado vai fazer agora?''

             Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade pra ela. Foi o máximo para ela, já chegara ao auge da sua raiva. Pegou o seu livro e as suas coisas e dirigiu-se ao avião.


            Quando se sentou confortavelmente, para sua surpresa, constatou que seu pacote de biscoito estava intacto dentro de sua bolsa. Sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela e já não havia mais tempo para pedir desculpas. O homem dividira seu biscoito sem qualquer problema,ao passo que isso a deixara muito transtornada.

            Você respeita o limite do outro ou invade seu espaço sem se dar conta disso? Observe se o seu biscoito que está comendo atualmente é do seu próprio pacote.Cuidado: você pode está comendo um biscoito que não seja do seu pacote!
           
            Muitas vezes na família, no trabalho ,na comunidade...invadimos o espaço do outro, achando que é nosso espaço, e nem nos damos conta disso.
Nesse momento dê uma olhadinha no seu pacote de biscoito e busque ter a certeza se ele lhe pertence mesmo


Tudo Depende Da Maneira De Falar




.              Certa vez, um rei sonhou que havia perdido todos os dentes, Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho
.
         - Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho. - Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.

         - Mas que atrevimento! - gritou o rei, enfurecido. - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

         Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoiles.  Mandou que trouxessem outro adivinho e contou-lhe sobre o sonho. Este, após ouvir o rei com atenção, disse-lhe:

         - Senhor, grande felicidade vos está reservada! O sonho signifIca que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

         A fisionomia do rei iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

         - Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo por que ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

         - Lembra-te, meu amigo - respondeu o adivinho -, que tudo depende da maneira como se diz alguma coisa ...

         Uma mesma verdade pode ser aceita ou não, dependendo apenas da maneira como é dita.

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje



Três homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual se aqueciam. Se o fogo apagasse, eles sabiam que todos morreriam de frio antes que o dia amanhecesse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de sobreviver.

         O primeiro homem era um rico avarento. Olhou para seus companheiros e pensou: ”Eu… dar minha lenha para aquecer esses preguiçosos?! Esta lenha para mim tem muito valor e pode me gerar lucros.” E, pensando assim, não colocou sua lenha.

         O segundo era um homem da montanha e conhecia mais que os outros os caminhos, os perigos e o segredos da neve. Na hora de colocar sua lenha, pensou: “Essa nevasca pode durar vários dias, e eu vou guardar minha lenha, pois posso precisar dela.” E, pensando assim, também não colocou sua lenha.

         O terceiro homem era um trabalhador: tinha as mãos calejadas, sinal da sua vida dura de trabalho. E, na hora de colocar sua lenha, pensou: “Essa lenha é minha, custou o meu trabalho e não darei a ninguém nem sequer um graveto dela”.

         Guiados por esses pensamentos, os três homens permaneceram imóveis diante da última brasa da fogueira… que se apagou.

         No dia seguinte, quando o socorro chegou, os três estavam mortos e congelados, cada um com um feixe de lenha nas mãos.

         O chefe da equipe de resgate comentou:

          - O frio que os matou não foi o frio da neve, mas o frio dos seus corações.

         Às vezes o medo de que alguma coisa venha a nos faltar no futuro impede-nos de partilhar no presente o que temos. Assim acumulamos bens que de repente nem usamos e até nos prejudicam. E acabam faltando não só para o outro como para nós também.


          Não deixe para amanhã o que você pode viver hoje. Talvez possa ser tarde demais…