quinta-feira, 17 de abril de 2008

Eu só queria existir



Autor Paulo Nunes Junior

Apresento-me em diversas formas,

bato às portas dos corações amargurados,

acalento os carentes, levo alegria,

tristeza e reflexão,

alimento sonhos, aproximo pessoas,

adentro o coração do pequeno e do grande.

Consigo penetrar em qualquer nação,

sem necessidade de passaporte ou documentos.

Sou minha maior identificação.

No lar sou recebida pela criança,

posso ser sentida pelo apaixonado,

sou usada como instrumento de conquista,

pelo rebelde como grito de revolta,

ao coração com dor sou analgésico,

ando de mãos dadas com a pureza, com a verdade,

sou franca,

mas às vezes penetro em um mundo de fantasias...

Adulta e séria transformo-me em criança pura,

brinco com outras amigas e cirandamos felizes

passando de mão em mão,

em lares, atravessamos a tela virtual

tocamos os sentimentos mais profundos.

Nosso aliado, às vezes com as mãos tomadas pelo cansaço,

vem e nos coloca frente a inúmeros,

ficamos felizes quando somos compreendidas

tristes quando nos fazem, os que nos guiam pelas mãos,

instrumento de ataque, injúria, mentiras,

mas mesmo assim prosseguimos nosso caminhar.

Sempre existe alguém a nos esperar...

A mim e meu companheiro na fonte de esperança.

Somos enfim,

O grande colorido dos que vivem sem cor

Somos simples,

outras vezes em gala,

Sempre estamos lá

tocamos e confortamos somos entendimento.

Ah, pergunta-me quem sou?

Eu sou a Poesia!

Meu condutor o Poeta, o porquê vivo?

Para quem existo?

Oras para você,

Sempre pra você que acabou de me dar atenção.


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