sexta-feira, 27 de junho de 2008

Revelações de mim



Eduardo Baqueiro

Se um dia eu entrar em tua casa não te assustes

Foi a saudade que apertou demais meu coração…

Se sentires uma presença em teu quarto não te alardes

Sou eu que venho implorar teu amor

É o desejo que sinto por ti…

Se um dia tocarem teu corpo não te assustes

Sou eu, venho conferir o amor que me juras

Não que não acredite em tuas palavras

Mas meu corpo necessita sentir teu calor…

Se chegar sem muito falar,

olhe bem em meus olhos

Escute o que eles têm para te falar

Não te surpreendas com o que ouvires deles

Será a verdade guardada em meu peito

que eles te dirão…

Se eu nada disser,

não fiques preocupada, relaxa

Apenas me abras teus braços

e digas que me ama

Não quero ouvir mais nada…

Quero apenas sentir teu ritmo em contato

com meu corpo!

Se invadir tua intimidade não te preocupes

com teus segredos

Estarão todos guardados dentro de mim

E de lá jamais sairão…

Mas não me negues teu carinho e teu amor

Chegarei como um mendigo faminto!

Saberás o que desejo com apenas um olhar

Mata minha fome e a sede que tenho de ti!

Não ficarei muito tempo,

não quero roubar-te o sossego

Ficarei o suficiente para marcar teu coração

Para matar minha vontade de ti

E para matar tua sede de mim…

Assim como entrei, sairei de tua vida

Mas nunca mais seremos os mesmos…

Sentiremos na alma que a felicidade é real

Apenas ainda não podemos alcançá-lá.

Levarei o gosto de tua boca

O sal de teu suor em contato com minha língua

Levarei além de tua doce lembrança

A certeza de que não somos apenas um caso

Somos duas almas a caminho da perfeição


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