sábado, 6 de setembro de 2008

MEU ROSTO



Meu rosto
já não o vejo em mim
Perdi-o em alguma rua
por onde espalhei
minha alma cismada
ou no fundo
do teu olhar distante
E ele trazia
meu olhos atentos
que costumavam
alcanar as estrelas
e minha boca alegre
que cantava
canções de ternura
Meu rosto
já não o vejo em mim
Crispado de ver
fantasmas
perdeu-se
nas paisagens ressentidas
ou já não o
reconheço mais

(Linney Jeanne Palma)

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